Poesia é um gênero literário caracterizado pela
composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma
manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras.
No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove,
que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que
inspira e encanta, que é sublime e bela.
Existem determinados elementos formais que
caracterizam um texto poético - como por exemplo, o ritmo, os versos e as
estrofes - e que definem a métrica de uma poesia.
Carlos Drummond de Andrade
Nasceu em minas gerais, numa cidade cuja
memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Seus antepassados, tanto do
lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas
no Brasil . Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte, no Colégio
Arnaldo, e em Nova Friburgo com os jesuítas no Colégio Anchieta. Formado
em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A
Revista", para divulgar o modernismo no Brasil.
Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com
quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a
quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente em Poesia
completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.
No mesmo ano em que publica a primeira obra poética,
"Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na
conferência "Poesia Moderníssima do Brasil",
feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da
Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da
política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas.
Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha
começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio
de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha. Além de poesia,
produziu livros infantis, contos e crônicas.
Poesia de Drummond:
Para sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de
Andrade
Nome: Matheus Trindade
Oliveira
Serie: 8º C
Fonte:
www.brasilescola.com.br/www.wikipedia.com/www.pensador.uol.com
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